Um estudo liderado pelo cientista japonês Yoshinori Ohsumi, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina, revelou que sentir fome de forma controlada pode ser muito mais benéfico do que se imaginava. Segundo o pesquisador, períodos de jejum ativam um processo natural do corpo chamado autofagia, responsável por limpar e renovar as células — o que pode ajudar a prevenir doenças graves como Alzheimer, câncer e Parkinson.
O poder oculto da autofagia
A autofagia é um mecanismo de “autolimpeza” celular. Quando o organismo fica por algumas horas sem receber alimentos, ele começa a eliminar resíduos, toxinas e partes danificadas das células. Esse processo melhora o funcionamento celular e ajuda a retardar o envelhecimento.
Em outras palavras, ao sentir fome, o corpo ativa um modo de regeneração natural — aproveitando o que já existe dentro das células para produzir energia e reparar danos. Esse sistema, segundo Ohsumi, é essencial para manter o equilíbrio interno e prevenir o acúmulo de substâncias ligadas a doenças degenerativas.
Fome controlada, não extrema
Especialistas explicam que os benefícios aparecem apenas quando a fome é controlada e segura, como nos períodos curtos de jejum intermitente. Ficar longos períodos sem se alimentar ou restringir nutrientes de forma severa pode causar o efeito contrário, enfraquecendo o corpo e o sistema imunológico.
Os cientistas alertam que cada organismo reage de maneira diferente. Por isso, qualquer prática de jejum deve ser acompanhada por um profissional de saúde.
Caminho natural para uma vida mais saudável
De acordo com estudos recentes, manter intervalos regulares entre as refeições pode:
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Reduzir a inflamação crônica;
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Estimular a renovação celular;
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Ajudar na prevenção de doenças metabólicas e neurológicas;
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Contribuir para o controle de peso e bem-estar mental.
Yoshinori Ohsumi destaca que entender e respeitar os períodos naturais de fome pode ser uma das formas mais simples e eficazes de cuidar do corpo. “Ao dar um tempo para o organismo, ele faz seu próprio trabalho de reparo e equilíbrio”, explicou o cientista durante a divulgação de seus estudos.













