Burger King encerrou suas operações na Argentina definitivamente
Após mais de três décadas de presença no país, o Burger King anunciou o encerramento completo de suas atividades na Argentina, fechando as 116 unidades espalhadas por 11 províncias, incluindo Mendoza e Buenos Aires.
A decisão faz parte de uma estratégia global de reestruturação do grupo mexicano Alsea, responsável pela franquia da marca desde 2006. A empresa, que também administra redes como Starbucks, Domino’s e The Cheesecake Factory, vem concentrando seus investimentos em negócios considerados mais rentáveis e com maior potencial de expansão.
Mudança de foco e queda no desempenho
Nos últimos anos, o Burger King enfrentou queda nas vendas e perda de posição no mercado argentino de fast-food. Até 2018, a rede ocupava a vice-liderança do setor, mas acabou sendo ultrapassada pela marca local Mostaza, caindo para o terceiro lugar.
A situação se agravou durante a pandemia de Covid-19, quando a rede precisou fechar diversas lojas importantes, incluindo o ponto histórico localizado na esquina das ruas Corrientes e Florida, em Buenos Aires.
Prioridade para o Starbucks
O grupo Alsea pretende agora direcionar seus recursos para expandir o Starbucks na América do Sul. Atualmente, a empresa já conta com mais de 130 cafeterias na Argentina, e o plano é ampliar ainda mais essa presença.
Venda das operações e possíveis compradores
O processo de venda das lojas da Burger King está sendo conduzido pelo banco BBVA, e já há três potenciais compradores interessados:
Inverlat, fundo que controla a marca Havanna e já operou Wendy’s e KFC;
Desarrolladora Gastronómica, dona de redes como Kentucky, Sbarro e Chicken Chill;
Int Food Services, responsável pelo KFC em outros países da região.
Com o fechamento, o Burger King encerra um capítulo de 36 anos de história na Argentina, marcado por momentos de destaque, mas também por desafios econômicos e competitivos nos últimos tempos.













